A abelha simboliza imortalidade, lealdade, nobreza e, especialmente, cooperação, dada a sua natureza social. A simbologia da abelha também pode estar ligada a amor, dor e alma. É importante também observar como vivem esses insetos. Eles costumam buscar o pólen das flores para a produção do mel e são animais bastante organizados. Essas características são importantes para entender o simbolismo da abelha.
Abelha mestra
Abelha mestra, ou abelha rainha, é uma das classes existentes desse inseto quando produz mel. Eles costumam se dividir em rainha, que põe os ovos; zangão, que acasala com a rainha; e as operárias, as responsáveis pela alimentação da colmeia.
Estima-se que uma colmeia média tenha 1 rainha, 100 zangões e cerca de 65 mil operárias. O significado de abelha mestra, portanto, está ligado à sua figura central na colmeia, tendo um papel de uma verdadeira rainha, como ela é até mesmo reconhecida. Sua imagem de realeza, fertilidade e maternidade rendeu associações à Virgem Maria durante os anos. A abelha rainha é a matriarca da sociedade das abelhas e é um grande símbolo da vida desses animais.
Abelha no Antigo Egito
Este inseto possuía uma relevância muito intensa para os egípcios. Segundo as crenças locais, o deus-sol do Egito, Rá, gerou as abelhas e seu mel por meio de suas lágrimas. Isso ressalta exatamente o que significa abelha nessa cultura. Elas a tinham como algo ligado à vida em si.
O símbolo de abelha é associado ao da alma divina humana, que purifica pelo fogo e nutre com o mel. Era tão intensa essa relação dos egípcios com esse inseto que o símbolo do faraó do Baixo Egito era justamente a abelha, associando-o justamente à figura da abelha rainha, que comanda a colmeia. Em muitos rituais o mel era utilizado, além de servir como alimento para animais sagrados, como o gato. Muitas evidências arqueológicas mostram a colheita de mel realizada pelos egípcios séculos antes de Cristo.
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Abelha na Grécia
Na Grécia, a abelha está associada à figura de Deméter, a deusa mãe da colheita e da agricultura. Mais uma vez, o inseto está simbolizando a alma, que pode sair do corpo ou mesmo descer ao inferno. As abelhas foram até mesmo pauta para um dos maiores filósofos gregos, Platão. Ele dizia que a alma dos homens sombrios reencarnava sob a forma de abelha.
Outro ponto interessante da relação entre gregos e as abelhas está na origem da palavra colmeia. Os gregos deixavam as abelhas dentro de potes, onde elas montavam suas casas. Dessa forma, eles conseguiam tirar o seu mel. Hoje, esses potes são conhecidos por colmos. Do nome desses potes surgiu o nome colmeia.
Abelha e colmeia possuíam uma forte relação na Grécia, uma vez que as colmeias possuíam a forma de túmulos para os gregos. Dessa forma, representavam um símbolo de imortalidade para eles.
Abelha no cristianismo
O cristianismo enxerga as abelhas de diferentes formas. Elas podem representar luz e colaboração, como já significam de uma maneira geral. O mel também é um de seus importantes símbolos, pois é capaz de adoçar. Porém, as abelhas surgem como uma visão da divisão entre bem e mal. Isso porque, apesar de serem animais que geram um grande produto, como o mel, elas possuem um ferrão, que representa um perigo.
Abelha no hinduísmo
Já no hinduísmo, a abelha está relacionada com o deus do amor, Kama. Ele é representado por um jovem montado em um papagaio, carregando arco e flecha, sendo o fio do arco feito por abelhas. Ele possui imagem similar ao do cupido, sendo ligado, portanto, ao amor e a dor.
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